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sexta-feira, 5 de junho de 2009

A CONSTRUÇÃO DA PONTE RIO-NITERÓI (PONTE PRESIDENTE COSTA E SILVA).

A construção da ponte Rio-Niterói foi de extrema importância para o aumento da integração entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, tendo grande repercussão nacional e internacional. Tratarei a seguir como surgiu a ideia, quando começa a construção da ponte e sua utilidade prática para as cidades do Rio e de Niterói.
A ideia da construção de uma ligação entre o Rio e Niterói é de longa data, afinal, a ligação entre as duas cidades se dava, no passado, ou pelo caminho marítimo, através da baía de Guanabara, ou por um caminho terrestre, de mais de 100 km através do município de Magé.
Em 1875, o engenheiro inglês Hamilton Lindsay Bucknall já começara a cogitá-la, porém, asua idéia era de que a ligação poderia ser feita através de um túnel submarino. Hamilton chega até mesmo a tentar conseguir um financiamento para sua empreitada, mas sua tentativa é em vão, ninguém se arrisca a ajudá-lo.
Em 1932, o engenheiro Melo Marques propões a ligação através da ponte, e, dez anos mais tarde, é proposta também pelo deputado Duarte de Oliveira. Em 1963, é criado, no Antigo Ministério de Viação e Obras Públicas, um grupo de trabalho para optar se a ligação seria pelo túnel ou pela ponte.
Efetivamente, a ideia começa a se concretizar em 23 de dezembro de 1965, quando começa a se formar uma comissão executiva chamando firmas das mais diversas para participarem da obra da ponte. Já nessa data, já se tem a idéia da ponte, e é descartada a ideia da construção do túnel entre o Rio e Niterói.
Em 1968, começam as obras para a construção da ponte, e o término da obra é previsto para o ano de 1971, o que não acontece, pois a ponte só é inaugurada em 1974, três anos após o previsto, por conta de atrasos na obra causados por problemas com as licitações.
O início das obras conta com a participação da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II, e do Príncipe Philip, que inclusive são convidados a voltarem na data inauguração da ponte, que seria em 1971. O nome dado, “Ponte Presidente Costa e Silva”, é uma homenagem ao segundo presidente que fazia parte da junta militar que governou o país de 1964 a 1985, e que foi o responsável por assinar o decreto que deu início as obras da construção da ponte.
Para a inauguração, foi preparada uma grande festa, televisionada não só para o Brasil como para toda a Europa, com direito a passeios do presidente Médici e de seu Ministro dos Transportes Mário Andreazza a bordo de um Rolls Royce aberto (que fora utilizado anteriormente pelo presidente Getúlio Vargas), diversos convidados ilustres, principalmente muitos militares e com a participação do povo somente no final, ao redor da praça do pedágio em Niterói, com cerca de 10 mil pessoas.
Não devemos esquecer que na época o regime militar começava a perder apoio popular, e a inauguração da ponte poderia aumentar e muito a popularidade dos governantes, já que esta vinha diminuindo desde a decretação do AI-5, em 1968, que restringe duramente os direitos políticos e de expressão dos cidadãos brasileiros.
A ponte se torna, assim, a maior propaganda, o maior “trunfo” do regime militar, que desde o golpe prometia que o Brasil seria o país do futuro, se tornando um país moderno e desenvolvido. Tal intenção fica bastante clara no trecho, a seguir, uma pequena parte do discurso do Ministro dos Transportes Mario Andreazza durante a festa da inauguração da ponte:

“Os Governos da Revolução vêm, não só cumprindo obsessivamente, no plano normativo, essa elevada missão histórica de transmudar, no espaço de uma geração, a face, as estruturas e os fundamentos da Nação, mas também agindo com ardor que jamais arrefece, vêm realizando, dia a dia, grandes obras de infra-strutura nos domínios da educação, da saúde, da energia, das comunicações e dos transportes, que sejam o apoio mesmo do progresso e do bem-estar do povo brasileiro”.

Mais recentemente, a outra idéia de integração foi a construção de mais uma linha de metrô, ligando Niterói à estação Carioca do Rio, que fica no Centro da cidade.
Atualmente, a ponte permanece com 13,29 quilômetros, com 3,1 quilômetros, do lado do Rio, e com 1,3 quilômetros, do lado de Niterói, com o tempo médio da travessia, sem engarrafamentos, de 17 minutos. Possui uma das vistas mais bonitas, com belos ângulos tanto do centro do Rio de Janeiro como d Niterói. Diversas histórias ainda são contadas sobre ela, sobre acidentes, sobre suícidios, etc. Lendas à parte, sua importância foi e ainda é muito grande para integração sócio-econômica entre ambas as cidades.

CURIOSIDADES.

• O governo muito se “gabou” da construção de uma obra tão moderna, cara e inovadora, mas quase não falou na época, e ainda não se sabe hoje, o número exato das pessoas que faleceram na construção da ponte. O número oficial é de 47 pessoas, mas os relatos das pessoas que trabalharam na construção da ponte é de que esse número foi muito maior e que muitos pilares possuem dezenas de trabalhadores cimentados, devido a acidentes e irresponsabilidades.
• Uma lenda urbana que se contava na época era a visão de que os trabalhadores da ponte tiveram na noite de 31 de dezembro de 1973 e no dia 02 de fevereiro de 1974, da deusa Iemanjá, na sua “túnica da cor da àgua do mar, deslizando suavemente sobre a baía, protegendo os trabalhadores e aplacando as àguas com flores, possivelmente rosas e segundos outros as flores brancas de agradecimento e as palmas verdes da esperança”, tendo tanto alcance que até mesmo sociólogos, folcloristas e psicólogos teriam comentaram o ocorrido.
• O primeiro acidente grave de carro na ponte Rio-Niterói foi da cantora Maysa, em 1977, que se dirigia a sua casa em Maricá e faleceu, com 40 anos, quase chegando na capital fluminense.
• É considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisférios sul e é, atualmente, a sexta maior ponte do mundo.

Por Renata reis.


REFERÊNCIAS.

1. Arquivo microfilmado na biblioteca nacional do jornal O Globo, dos seguintes meses: Dezembro/1965, Novembro/1968, Março/1974.
2. Site – Estradas, que mostra a construção da ponte: http://www.estradas.com.br/historia%20das%20rodovias%205.htm
3. Site – Concessionária CCR, responsável atual pela ponte:
http://www.ponte.com.br/concessionaria/home/
4. Site – Ministério dos Transportes:
http://www.transportes.gov.br/bit/pontes/rj/rio_niteroi/Gptrnite.htm

5. Site – Acidente da cantora Maysa:
http://www.almacarioca.com.br/maysa.htm

Araribóia

Antes que os portugueses se lançassem na guerra pela ocupação da Guanabara, os índios que ocupavam a região da ilha de Paranapuã eram chamados de maracajás (“índios do Gato”, em tupi), liderados por Maracajaguaçu (o “Grande Gato”). Viviam em guerra com os vizinhos tamoios. Sentindo-se ameaçados, solicitaram aos portugueses quatro embarcações, a fim de fugirem para a capitania do Espírito Santo, onde se estabeleceram em 1555. Em terras capixabas, surgem as primeiras menções aos temiminós liderados por Araribóia, grupo que talvez tenha se originado de uma dissidência dos maracajás. O que se sabe é que, ao chegarem ao Espírito Santo, alguns desses índios provenientes do Rio de Janeiro se embrenharam pelo sertão e só seriam aldeados em 1562, com um novo chefe. Este já seria Araribóia.Ainda em 1555, Villegaignon, com o apoio dos índios tamoios, dominou toda a Baía de Guanabara e instituiu a França Antártica, região até então evitada pelos portugueses por causa da grande resistência dos nativos locais à sua dominação, mas de grande importância estratégica para os interesses franceses de obter o controle do comércio com as Índias. Ao voltar para a França para resolver alguns problemas relativos à sua administração, Villegaignon se ausentou e enfraqueceu o domínio francês no Rio de Janeiro, permitindo que os portugueses organizassem uma investida contra sua ocupação. Em 1560 Mem de Sá invadiu a Guanabara e tomou posse da região, deixando posteriormente o comando da guerra contra os franceses com seu sobrinho Estácio de Sá, este que recorreu à ajuda do cacique temiminó Araribóia. Além de manterem a aliança com os portugueses, para os temiminós a volta para o Rio de Janeiro era uma oportunidade que tinham de combater seus antigos inimigos, os tamoios, reconquistando o território que haviam abandonado. Liderados por Araribóia, os temiminós juntam-se a Estácio de Sá em investidas contra os franceses, com o objetivo de expulsa-los e se restabelecerem na região do Rio de Janeiro. Padre José de Anchieta sobre estes embates dizia que “acompanhava a frota um índio, de nome Arary-boia – que ficou registrado na história do tempo como Martim Afonso Araribóia – e que era amigo dos portugueses desde a época em que a terra de Piratininga fora desbravada. Agora, fizera companhia a Estácio para o ajudar a estabelecer-se na terra dos Tamoios”. Com o fim da guerra em 1567, Estácio de Sá ocupou a ilha de origem da tribo de Araribóia, dando a ela o novo nome de Ilha do Governador, mas para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu que Araribóia não voltasse para Espírito Santo, e lhe concedeu poder de escolher uma parte das terras da “banda d’além”, ou seja, do outro lado da Baía, para se estabelecer com sua gente. Sem titubear, o cacique apontou para o outro lado da Baía e disse que queria a região de águas escondidas, que em tupi-guarani significa Niterói.A aliança com tribos indígenas era de extrema importância para a defesa do território na luta contra outras tribos hostis e contra piratas na costa, principalmente no início da colonização, na medida em que eram os maiores conhecedores do território ocupado. Desta maneira os portugueses tinham o hábito de valorizar os líderes nativos que os apoiavam, oferecendo aos chefes indígenas concessão de favores, títulos, patentes militares e nomes portugueses de prestígio. Araribóia foi batizado como nome de Martim Afonso de Sousa, agraciado com o Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo, e recebeu uma tença (pensão) de 12 mil-réis. Além disso, recebeu o posto de capitão-mor da aldeia de São Lourenço e tornou-se proprietário de casas na Rua Direita (atual 1° de Março), onde residiam os notáveis do Rio de Janeiro, incluindo o governador. Seu casamento foi realizado com grande pompa, digna dos altos mandatários do Reino. A aliança com os portugueses também era estratégica para os grupos indígenas, já que para muitos deles, isto significava segurança, algo cada vez mais difícil de ser alcançado nos sertões onde guerras, massacres e escravizações eram freqüentes.

Por |Tatiane Amorim.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Incêndio do GRAN-CIRCUS Norte Americano e a questão da memória.

Vamos aqui tratar de uma página traumática e ainda presente fortemente na memória social de Niterói: O incêndio do GRAN-CIRCUS Norte Americano. Os anúncios diziam que era o maior e mais completo circo da América Latina – tinha cerca de sessenta artistas, vinte empregados e 150 animais. O dono do circo, Danilo Stevanovich, havia comprado uma lona nova, que pesava seis toneladas e seria de nailón - detalhe que fazia parte da propaganda do circo.


A tragédia deu-se na tarde do dia 17 de dezembro de 1961 e a comoção foi geral. Praticamente toda a imprensa nacional voltou seus olhos para a tragédia, que teve por volta de 300 vítimas.A falta de um lugar de memória para a tragédia e seus heróis salta aos olhos, daí podemos inferir uma série de questões. Por exemplo: O acesso dos espaços periféricos a um local de memória, a importância de episódios circunstanciais e acidentais na constituição de identidades, o momento de inflexão social e política pelo qual o país passava – e a utilização da tragédia pela mídia, a normatização das atividades circenses após o acidente e etc. A culpa do desastre caiu sobre um ex-funcionário que chegou a dizer ter provocado o mesmo por vingança após ter sido demitido no processo de montagem do circo, mas não podemos ser ingênuos e tomar tal declaração como livre de pressões. O fato é que “Dequinha” acabou por ser culpabilizado e, após ter sido diagnosticado retardamento metal, teve uma pena de dez anos de reclusão, e mais seis anos de internação em manicômio judiciário como medida de segurança. O caso teve repercussão internacional. O papa João XXIII declarou-se sobre o ocorrido e o governo dos EUA doaram 300 metros quadrados de pele humana para o tratamentos dos feridos. Como afirmou a historiadora Ana Mauad:


Um acontecimento que comoveu toda uma nação e mobilizou ajuda de diferentes partes do país, inscrevendo-se na memória coletiva de diferentes maneiras: pela dor da perda, pela comoção social, pelo mito do incêndio, pelo trauma coletivo, pelo desenvolvimento de técnicas de cirurgia plástica, pela fundação de um novo cemitério em São Gonçalo, pelo aparecimento do profeta do Gentileza (pregador religioso e personagem urbano) - enfim, por uma série de imagens que se inscrevem pela memória na história da cidade de Niterói[1].”


Podemos mais uma vez afirmar que este acontecimento trágico traz uma plêiade de questões, principalmente se refletirmos pelo viés da micro-história. As múltiplas reações mostram uma série de comportamentos. Um trabalho acurado pode mostrar-nos muito sobre vidas então desconectadas, comuns. No plano dos homens que tomaram maior destaque temos três figuras emblemáticas: O cirurgião plástico Ivo Pitanguy que desenvolveu um trabalho social importantíssimo e trouxe a cirurgia plástica para o plano do social. O médium Chico Xavier, que também buscou dar conforto aos envolvidos com seu trabalho espiritual, e o mítico e emblemático “profeta Gentileza” (José Datrino), que de rico empresário passou a ser um andarilho que pregava a paz através dos muros do Rio de Janeiro.



http://www.historia.uff.br/labhoi/files/images/circo_007.jpg


http://www.historia.uff.br/labhoi/files/images/circo_008.jpg


http://www.historia.uff.br/labhoi/files/images/circo_017.jpg

Niterói só voltou a ter uma nova visita de um circo em 1975, quatorze anos após o incêndio. Muitas questões, inclusive judiciais, permanecem abertas, mas a principal ferida foi emocional, foram muitas vidas perdidas. Uma bela tarde de verão com a família transformou-se em um pesadelo. É um dever para todos nós que estudamos história aferirmos também sobre os sentimentos vividos, os impulsos e a cognição dos homens que viveram os fatos passados.


O profeta gentileza:

http://vidaviver.zip.net/images/ProfetaGentileza.jpg


http://api.ning.com/files/7dHbU0BRJA7W1cLsU**mhltapFkgAjU-c9dOprhUfxqtnfEEiIYaXKr5KoCD-ivg1RMQZL*y*-*MMbleImkx6d1TGTtm1dfn/gentileza3.jpg

Por Thiago Rodrigues da Silva.


[1] www.rj.anpuh.org/Anais/2002/Comunicacoes/Mauad%20Ana%20M2.doc MAUAD, Ana Maria. Palavras e Imagens de um acontecimento: o incêndio do GRAN CIRCUS Norte-Americando, Niterói, 1961. X Encontro Regional de História Anpuh-Rio.


Links

Imagens da tragédia (presentes nesta postagem):

http://www.historia.uff.br/labhoi/?q=image/tid/76


Na Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trag%C3%A9dia_do_Gran_Circus_Norte-Americano


Outros:

http://grancircusincendio.blogspot.com/

Estação das Barcas de Niterói


Ao longo dos anos, as cidades em qualquer lugar do mundo mudam. O dinamismo das cidades é associado ao dinamismo próprio do capitalismo. Um exemplo pode ser visto na foto a seguir. Como se pode visualizar na foto tirada no final da década de 1950, que apresenta características urbanas distintas das apresentadas hoje.

Logo se nota o próprio prédio da estação das barcas. O prédio que hoje ocupa o local é diferente arquitetonicamente, e está mais para dentro do mar. Para outro olhar atento, vê se como a linha costeira na Praia Grande, São Domingos e Gragoatá está traçada diferente de hoje. Isso é explicado pelas inúmeras intervenções de aterros que a região sofreu. Por exemplo, o campus da UFF no Gragoatá está em cima de um dos maiores aterros de Niterói.

E uma última indicação é a observação do transporte preferencial em frente à estação das barcas. O bonde era o meio de transporte mais utilizado na época e levava a diversos pontos da cidade de Niterói. Hoje, se tem preferência aos carros e aos ônibus, e pouco se registra dos trilhos dessas linhas de bonde, um exemplo remanescente é na praça da Cantareira. Ali tinha uma estação das barcas, mas entrou em desuso com o grande aterramento no Gragoatá.

O passado parece ser exatamente como o nome diz: passado. Mas através do olhar para trás podemos compreender nossa formação e de nossa cidade.

*Imagem: Estação das Barcas, década de 40.

Por João Amoroso

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Niterói e Niemeyer

Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer é um centenário arquiteto, escritor, urbanista e artista em geral nascido no Brasil com renome internacional. Muitas de suas obras de arte foram transformadas em realidade na cidade de Niterói, a mais famosa delas é o Museu de Arte Contemporânea. Nasceu em 1907, na cidade do Rio de Janeiro, ao longo de sua carreira descobriu que não se adaptaria àquela arquitetura comum, e acabou criando seu próprio estilo. No ano de 1997, começaram os estudos sobre a construção do Caminho Niemeyer, entre outros projetos, para homenagear seu aniversário. Recebeu muitos prêmios, publicou revistas, livros, foi expositor e membro de importantes órgãos internacionais além de ter sua marca registrada em inúmeros prédios e cidades. Hoje reside na cidade do Rio de Janeiro. Esses dados são do sítio da Fundação Oscar Niemeyer que fica no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.

O Caminho Niemeyer
Foi uma ampliação da obra do MAC, encomendada pela prefeitura de Niterói ao arquiteto. O objetivo do projeto era criar um complexo arquitetônico funcionando como um centro cultural, em uma área extremamente valorizada da cidade à beira da baía de Guanabara. O Caminho Niemeyer foi concebido pelo poder público do município como área de preservação histórica, mas não de preservação ecológica visto, que não dedica atenção as áreas verdes e a ao ecossistema marinho da baía. O projeto inicial incluía: o MAC, a Praça Juscelino Kubitschek, o Centro Petrobrás de Cinema, o Teatro Popular, a Sede da Fundação Oscar Niemeyer, o Memorial Roberto Silveira, a Igreja Batista, nova Catedral Metropolitana, a Capela Flutuante e o estacionamento para integrar a estação das barcas e o terminal João Goulart ao Caminho Niemeyer. Se por um lado essa construção trouxe para a cidade obras de um ícone da arquitetura contemporânea mundial, tornando-a mais atrativa para setores ligados ao turismo, à industria cultural, ao comércio varejista, ao capital imobiliário, e apta a um certo tipo de público e consumo de classe média alta, gerando renda para a cidade, por outro, não contribui para a construção de uma cidade verdadeiramente cidadã, uma vez que os objetivos do projeto visam muito mais uma projeção da cidade no Brasil e no mundo, do que a melhoria da vida e dos serviços da cidade para a população em geral; conseqüência que pode ser constatada no dia-a-dia das áreas que incorporam o projeto, hoje são palco violência e compõem desertos urbanos visto que não oferecem à população da região opções de lazer e funcionalidade.
http://egal2009.easyplanners.info/area05/5448_Pinon_de_Oliveira_Marcio.pdf
http://www.niemeyer.org.br/sede.htm


Por Suane Felippe Soares.

Apresentação

Ensinar História é percorrrer caminhos múltiplos que não circunscrevem apenas a sala de aula. Um ensino plural requer de nós, professores em formação, compreender os caminhos pessoais dos educandos e instruí-los à crítica e reflexão de mundo. Esse espaço virtual destina-se a promover a troca entre estudantes de história, professores e todos aqueles que se interessem pela Prática de Ensino em História.

Por Ana Beatriz Domingues.