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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Baobá - Árvore símbolo da África?

Será que é possível afirmar que existe uma árvore símbolo do continente africano? Em muitos livros e sites de cunho didático encontramos a associação do Baobá com a África. No entanto, temos que contextualizar a diversidade física e natural africana e problematizar como esse símbolos são construídos.
Pesquisando material audiovisual sobre o tema, encontrei o programa "Um pé de quê", apresentado pela Regina Casé, costuma ser veiculado no Canal Futura e é bem legal para se utilizar em sala de aula. Trazendo não apenas a diversidade natural como também a diversidade social e  linguística, o programa ajuda a questionar esse simbolismo da árvore Baobá (também chamada de Xibuio, Xumuo, Imbondeiro, entre outros nomes), originária do sudeste africano.




terça-feira, 21 de maio de 2013

Quem são os Griots?

Griot é como são chamados, em alguns povos da África, os contadores de histórias. Possuem uma função especial que é a de narrar as tradições e os acontecimentos de um povo. O costume de sentar-se embaixo de árvores ou ao redor de fogueiras para ouvir as histórias e os cantos, perdura até hoje. Os griots também são músicos e muitas vezes as narrativas são cantadas. O Império Mali, sob o comando de Soundjata Keita, por volta do século XIII confere importância notável a esses sábios. A construção da história de base oral é marca dos povos africanos antigos e o griot tem papel fundamental em sua estruturação.

Abaixo dois videos com Griots, o primeiro proveniente da aldeia Yelekela no Mali e o segundo com Angelo, griot de Guiné Bissau.






(Para saber mais: http://www.ciadejovensgriots.org.br/griots.php)

sábado, 18 de maio de 2013

Encontros para multiplicadores - Casa Daros Rio

A Casa Daros, com sede em Zurique é uma instituição voltada à arte contemporânea latino-americana e tem um lindo espaço em Botafogo no Rio. Poderíamos pensar que é simplesmente mais um Centro Cultural mas tem um fator que a diferencia em muito de outros espaços na cidade, a Educação. Segundo Roberta Condeixa, assistente de Arte e Educação, todo o espaço e a forma de pensar a exposição das obras passa pelo setor Educativo. Desse modo, a instituição aposta na ideia de que Arte é Educação, buscando  dialogar suas atividades, exposições e espaço com os processos educativos.
Nesse diálogo, acontecem os Encontros para Multiplicadores, entendidos como:
"Atividade para professores, educadores sociais, artistas, pesquisadores, estudantes de arte e pedagogia conhecerem a filosofia de educação da Casa Daros, explorando a arquitetura do prédio e suas exposições." (Mais infos em: http://www.casadaros.net/index_rio.php?i=1154)

Participei do encontro de hoje e foi muito interessante, voltei cheia de questões instigantes acerca da educação e de como pensá-la enquanto atitude estética. A exposição "Cantos Cuentos Colombianos" é super provocativa e merece horas livres para poder experiência-la.  Fica a dica desse espaço provocativo que nos convida a aprender com a arte!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sugestão de Atividade - Árabes e o Islamismo

O currículo mínimo proposto por diversas escolas à disciplina de História, muitas vezes não contempla as discussões acerca do povo Árabe. Acho necessário resgatar esse conteúdo diante não apenas da influência árabe na Península Ibérica, mas diante também dos atuais conflitos que vêm marcando diversos países pelo mundo.



                                                     Azulejos da Identidade

    Inicialmente, realizei um trabalho de fundamentação em relação à formação histórica na Península Arábica, Islamismo e atuais conflitos. Essa atividade é voltada a pensar a influência do Islã na Cultura Árabe. Na tradição do Islã há uma clara proibição na representação de figuras animais e humanas. A não-representação figurativa é mote para diversos desenvolvimentos nos campos da caligrafia, matemática, arquitetura e engenharia árabes. Os azulejos são de origem moura e tiveram grande desenvolvimento e expressão em Portugal.  



Material: papel pardo, papel cartão, tesoura e cola

1a Etapa - Arte da palavra: Distribuir triângulos equiláteros feitos com papel cartão colorido a cada um dos alunos. Pedir que pensem em três palavras que os identifique. A seguir, deverão desenhar imagens ou símbolos a partir das palavras. 
Essa etapa é interessante para se falar sobre a caligrafia árabe, ela acaba se tornando muito estética devido às relações com a não-representação figurativa. Os islâmicos entendem que a palavra é um dom divino, uma conexão com Alá.


2a Etapa - Geometria e desenho: Recolher os triângulos e junto com os alunos pensar num desenho possível com todas as peças e que represente a turma. Colar os triângulos no papel pardo e pedir que criem um nome para a figura. Aqui, é interessante de se articular com a disciplina de matemática, retome as figuras geométricas possíveis de se construir com triângulos equiláteros.





3a Etapa - Mural e Exposição: Construir um mural com as criações dos alunos e mediar as impressões que surgirem a partir da experiência do olhar. Em nossa escola montamos o mural , contendo um texto que fundamenta e contextualiza a atividade.




 A seguir, posto um video sobre a Arte Islâmica que pode servir como base da fundamentação inicial para a atividade.





sexta-feira, 10 de maio de 2013

Seminário 125 anos de abolição: Cultura Negra, Educação e Ações Afirmativas no Brasil



A COART e o Coletivo Palmares convidam para o Seminário: 125 anos de abolição - Cultura Negra, Educação e Ações Afirmativas no Brasil. O evento acontece nos dias 13 e 14 maio na UERJ-Maracanã.


PROGRAMAÇÃO

**13/05 OFICINAS COM VAGAS LIMITADAS
**14/05 OFICINAS COM VAGAS LIMITADAS


SEGUNDA-FEIRA 13/05

14h - Oficina de Jongo - Professor Messias Freitas

A oficina de jongo tem como objetivo apresentar a dança, música e ritmo como
manifestação cultural dos negros africanos e afro-brasileiros escravizados no Brasil,
desde a origem dessa manifestação nos cafezais da região do Vale do Paraíba até os
dias atuais.

14h - Oficina de Cantação de História – Coletivo Palmares.

O objetivo dessa oficina é abordar de forma lúdica a diáspora africana no Brasil e o
contato do negro com o povo de origem (índio) do território brasileiro. Através do griot (contação de história), são abordados diversos elementos que compõem a história (tráfico negreiro, dizimação indígena etc.) e cultura (valorização da música, dança etc.) do povo brasileiro.

18h - Mesa - Educação, Racismo e Ações Afirmativas:

A mesa tem por objetivo a discussão sobre os (des)caminhos da educação no
combate ao racismo e o debate sobre a importância das ações afirmativas /
políticas compensatórias no Brasil. 

*Stela Guedes - Professora da Faculdade de educação da UERJ/ Maracanã 

*Renato Emerson - Professor do Departamento de Geografia da Faculdade de Formação de Professores - FFP / UERJ 

*Jorge Conceição - Educador Popular - Uniram / BA

20h - Atividade Cultural - RODA DE JONGO ( Messias Freitas)


TERÇA-FEIRA 14/05

14h - Oficina de Graffiti - Professor Rodrigo

A oficina de graffiti tem como objetivo evidenciar aos participantes sobre o significado dessa manifestação artística em espaços públicos. Através da oficina, serão trabalhadas técnicas de pintura, com objetivo de estimular o desenvolvimento criativo dos participantes. Será também abordado o panorama histórico dessa manifestação a fim de quebrar tabus e desconstruir preconceitos.

14h - Contação de história através do audiovisual - Mãe Torody.

A atividade será mediada pela Mãe Torody, uma das articuladoras para criação e
implantação da Lei 10.639, a partir da apresentação do vídeo “Navio Negreiro” que
aborda o legado cultural da diáspora africana no Brasil. O objetivo é valorizar a história
e cultura afro brasileira através da ancestralidade e oralidade presentes no vídeo.

18h - Mesa - Cultura de Rua e Cultura Popular Tradicional.

A mesa tem como objetivo desenvolver o debate acerca da arte e da cultura de
rua, através do resgate da influência dos saberes dos negros na conformação
da cultura popular brasileira. Além disso, visa debater a importância das manifestações culturais afro-brasileiras como instrumentos de luta e resistência.

*Denílson Araújo - Professor do Departamento de Geografia FFP / UERJ

*Marcelo Coqueiro - Professor de Capoeira Angola.

*Aureanice de Mello Corrêa - Professora do Departamento de Geografia e Diretora do Insitituto de Geografia UERJ/Maracanã.

20h - Atividade Cultural - RODA DE CAPOEIRA ANGOLA (Professor Marcelo Coqueiro)






sábado, 4 de maio de 2013

Colorindo as estátuas gregas


Descobri que as estátuas gregas já foram coloridas quando ainda estava na graduação de História. Tentava imaginar como seriam todas aquelas representações que pululam o universo ocidental cheias de cores. Eis que alguns pesquisadores do campo das artes utilizaram-se de uma técnica chamada de "raking light", consistindo em posicionar raios de luz ultravioleta nos objetos em busca de padrões a partir de compostos orgânicos. Assim, ainda que a cor não apareça aos nossos olhos, é possível saber que num determinado objeto já houve alguma pigmentação. 
É possível matar um pouco da curiosidade com essas imagens disponíveis (algumas foram reconstruídas a partir da computação gráfica).